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Gravidez após câncer de mama é possível e seguro!

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Vejam que informação relevante e que novidade mais apaixonante de se ler!

Achados de um estudo retrospectivo de mais de 1200 mulheres trazem tranquilidade às sobreviventes de câncer de mama que desejam engravidar. Nesse estudo, mulheres que engravidaram após diagnóstico de câncer de mama inicial não tiveram risco maior de recorrência, mesmo naquelas com tumores que dependem de produção hormonal para o seu crescimento.

O câncer de mama é a neoplasia mais comumente diagnosticada nas mulheres em idade reprodutiva. Levando em consideração as tendências atuais em atrasar um pouco o desejo da maternidade, que ocorre com frequência é que o câncer de mama vem sendo descoberto antes mesmo dos planos de gravidez estarem na vida das mulheres. Embora metade das mulheres jovens diagnosticadas com câncer de mama manifestem o desejo de ter filhos, apenas 10% ficam grávidas após o tratamento. Médicos e pacientes possuem sempre grandes preocupações em relação a possibilidade da gestação aumentar o risco de recidiva, particularmente em mulheres que apresentam tumores com receptores hormonais positivos (a grande maioria). O medo é que os níveis hormonais circulantes aumentados durante a gravidez possam estimular alguma célula oculta de câncer a crescer.

Outra preocupação é a necessidade de suspender tratamentos hormonais adjuvantes para que as pacientes possam engravidar, pois essas medicações são contra indicadas na gravidez, e muitas mulheres têm a indicação de tomá-las por pelo menos 5 anos após o diagnóstico, às vezes até 10 anos. O estudo incluiu mulheres com menos de 50 anos que foram diagnosticadas com câncer de mama inicial antes de 2008. A maioria delas possuía tumores que eram receptores hormonais positivos (57%) e 40 % apresentavam indicativos de pior prognóstico como tumores grandes e disseminação para axila. Das 1207 pacientes do estudo 333 ficaram grávidas, a média do diagnóstico para concepção foi de 2.4 anos. As mulheres com tumores receptores de estrogênio tiveram a tendência em ter filhos mais tarde do que aquelas com receptores negativos. Após uma média de seguimento de 10 anos, não houve diferença de desfecho em mulheres que engravidaram que tinham receptores de hormônio positivo. Naquelas com receptores negativos, as que ficaram grávidas tiveram 42% menos de chance de morrer comparado com aquelas que não engravidarem, sendo possível a gestação ser um fator de proteção para alguns casos, embora ainda necessitem mais estudos. Além disso, a amamentação também foi possível mesmo após a cirurgia de mama.

Os achados do estudo confirmam que não devemos desencorajar nossas pacientes a tentar engravidar. Esses dados asseguram as sobreviventes que ter um bebê após o diagnóstico não deve aumentar a chance do tumor voltar. Sendo assim, para muitas mulheres jovens pelo mundo que querem aumentar sua família, essa notícia é maravilhosa.

Atenção! Caso você tenha diagnóstico de câncer de mama, converse sempre com seu médico sobre a possibilidade de gravidez. Ele, como profissional de saúde especializado, poderá analisar o seu caso e lhe aconselhar melhor. A ideia deste post é trazer um estudo para que gestação seja discutida caso a caso. Lembre-se que nada substitui a consulta médica.

Quem mais ama esses estudos que falam de qualidade de vida, que analisam profundamente dados tão presentes no dia a dia da oncologia e de nossos consultórios? Resultados positivos, a favor da felicidade, e sem a necessidade de adicionar um novo remédio, mas sim mais VIDA na vida das pacientes, é algo realmente encantador. Parabéns aos autores pela iniciativa.

Aqui está o link completo caso você deseje ver mais informações e uma pequena entrevista com o apresentador do estudo.

3 respostas

  1. Obrigada pelas informações. É uma notícia maravilhosa para quem já tem sofrido com o diagnóstico. Tira pelo menos um peso de sobre os ombros, saber que a escolha de ser mãe ou não não precisa ser tomada pelo cancer.

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