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Atividade física e o câncer

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[vc_row][vc_column][vc_column_text]Todo mundo sabe que a prática de atividade física, especialmente associada à alimentação saudável, traz inúmeros benefícios à saúde. Entre esses benefícios está a prevenção do câncer. Contudo, mesmo para pacientes que estão enfrentando a doença, exercícios físicos podem ajudar no tratamento dos tumores, permitindo passar por esse momento com mais qualidade de vida.

Atividade física na prevenção de câncer

Cerca de 10 mil novos casos de câncer poderiam ser evitados no Brasil se a população praticasse atividade física regularmente. Os resultados fazem parte de uma pesquisa feita no Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). Tal estudo foi feito em parceria com as universidades de Harvard, Cambridge e Queensland. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aproximadamente metade das pessoas sequer atinge a recomendação mínima preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para a prática por semana. O recomendado pela OMS é de 150 minutos de atividade moderada ou 75 minutos em ritmo mais intenso.

Praticar exercícios atua no corpo humano de diferentes maneiras, com melhoras significativas em diversos aspectos da saúde. A atividade física diária reduz o estresse oxidativo, isto é, a produção de radicais livres. Os radicais livres são agentes que podem prejudicar o metabolismo intracelular e ocasionar danos ao DNA, RNA, lipídios e proteínas. Radicais livres também promovem o mau funcionamento do sistema de reparo do DNA, contribuindo para a proliferação de células com mutações, ou seja, tumores. A atividade física ainda promove o equilíbrio dos níveis de hormônios, reduz o tempo de trânsito gastrointestinal, fortalece as defesas do corpo e ajuda no controle do peso corporal. Tudo isso contribui para prevenir o aparecimento de tumores, especialmente no intestino (cólon), endométrio (corpo do útero) e mama (pós-menopausa).

A importância da atividade física no tratamento do câncer

No passado, acreditava-se que pacientes em tratamento de doenças crônicas como o câncer deviam manter-se em repouso e reduzir suas atividades físicas. Hoje, sabe-se que a prática de exercícios não só é segura e possível durante o tratamento do câncer. Ela também pode aumentar as chances de recuperação e ameniza os efeitos colaterais provocados pelo tratamento.

Em resumo, a prática de exercícios proporciona maior qualidade de vida a quem sofre com a doença. Mover o corpo melhora seu funcionamento e diminui a sensação de fadiga causada pelos tratamentos como a quimioterapia. Também diminui a ansiedade e aumenta a autoestima, pois libera neurotransmissores que trazem prazer e bem-estar. Além disso, os exercícios ajudam a manter a composição corporal adequada (ou seja, a distribuição entre músculos, gordura e ossos no corpo), a diminuir a perda de massa muscular e a manter o coração funcionando bem. Pesquisas ainda apontam que a prática física durante e após o tratamento pode diminuir o risco de recorrência do câncer.

Evidentemente que, antes de iniciar a fazer atividades deste tipo, é necessário que o paciente converse com o oncologista e para avaliar sua condição de saúde. É importante também que o profissional que vá elaborar sua rotina de exercícios conheça o diagnóstico e as limitações. A escolha do tipo de atividade a ser realizada deve ser baseada no que é seguro e agradável para cada paciente. O programa deve levar em conta os hábitos anteriores de exercícios que o paciente já costumava seguir antes da doença e também seus novos limites. Sempre, claro, respeitando também o momento de cada pessoa. Por exemplo, veja como você se sente após uma sessão do tratamento e se exercite nos dias em que os sintomas abrandarem. A ideia é se concentrar mais nos benefícios da atividade contra o tumor do que no desempenho.

 

Como incorporar a atividade física ao dia a dia

Hoje, as diretrizes gerais para a prática de atividades se assemelham às voltadas ao restante da população, como citado no começo do texto. Ou seja, pedem para incluir modalidades aeróbicas, musculação e alongamentos por ao menos 150 minutos na semana. Isso seria no mínimo três vezes por semana com duração mínima de 30 minutos. Mas já há evidências de que, mesmo quando realizada por menos tempo, a atividade física traz benefícios para a prevenção de câncer e para a saúde. Afinal, a duração (tempo) é mais um elemento, não necessariamente o principal. Lembre-se: o mais importante é se movimentar.

Realizar atividades físicas deve ser parte da rotina diária. Aliás, isso tanto para quem não tem diagnóstico de câncer quanto para quem está ou já realizou tratamento contra a doença. Comece por aquelas que deem prazer. Quanto mais se movimenta o corpo, maior a proteção contra o câncer.

Mesmo a falta de tempo não deve ser desculpa para o sedentarismo. Caminhar ou ir de bicicleta para o trabalho, subir pelas escadas em vez de usar os elevadores, estabelecer momentos com a família e/ou amigos para atividades ao ar livre e/ou em praças públicas. Essas são algumas opções para aumentar a atividade física no dia a dia. Quando se fala em prática de exercícios, não é obrigatório que sejam aquelas modalidades sistematizadas ou que demandam a contratação de serviços como academias. Essas modalidades podem ser opções bastante proveitosas, especialmente pelo acompanhamento profissional.

Contudo, o mais importante é se mexer. Afinal, sua saúde deve sempre estar em primeiro lugar.

 

REFERÊNCIA

Instituto Vencer o Câncer. Tipos de câncer: Atividade Física. 2018.
Jornal da USP. Atividade física pode evitar 10 mil casos de câncer ao ano no Brasil. Agosto, 2018.
INCA (Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva). Atividade Física. Outubro, 2018.
Revista Saúde. Os benefícios da atividade física para quem luta contra o câncer. Janeiro, 2019.
Instituto Oncoguia. A importância da atividade física durante o tratamento do câncer. Julho, 2016.
Instituto Oncoguia. Atividades Físicas e o Paciente com Câncer. Julho, 2012.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

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