[vc_row][vc_column][vc_column_text]Uma boa alimentação é fundamental para evitar diversas doenças, inclusive câncer. Mas e quando a pessoa está enfrentando a doença? Diversas notícias destacam que a associação da alimentação com o tratamento contra o câncer pode contribuir para a melhora da doença. Contudo, é preciso ter atenção quanto às fontes de informação. Veja aqui alguns cuidados na alimentação de pacientes com câncer. Acompanhe ainda quais alimentos podem ser incorporados e a importância de realizar o acompanhamento com o nutricionista durante o tratamento.
Dietas restritivas e alimentos milagrosos curam o câncer?
[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column width=”3/4″][vc_column_text]Circulam na internet uma quantidade enorme de informações sobre alimentos que prometem curar o câncer – ou que não devem ser consumidos por quem está em tratamento. Muitas dessas informações são fake News, ou seja, não são reais. A preocupação com a questão levou o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) e o Ministério da Saúde a lançarem uma cartilha sobre dietas restritivas para pacientes oncológicos. A cartilha “Dietas Restritivas e Alimentos Milagrosos Durante o Tratamento do Câncer: Fique fora dessa!“ aborda os perigos que informações sobre alimentos milagrosos ou vilões podem causar para os pacientes com câncer. O documento apresenta alguns mitos relacionados a determinados alimentos e está disponível online aqui. Confira alguns dos principais tópicos.[/vc_column_text][/vc_column][vc_column width=”1/4″][vc_single_image image=”1274″ img_size=”full” add_caption=”yes”][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]
Carboidratos
Não é possível afirmar que ingestão de carboidratos aumenta o tumor. A principal função dos carboidratos é fornecer energia (glicose) para as todas as células, inclusive as cancerosas. Porém, quando você deixa de consumir esse importante combustível, o organismo encontra outros meios de gerar glicose, por exemplo, usando proteínas dos músculos. Como consequência, você perde peso (e muito músculo) e acaba enfraquecendo o organismo, prejudicando o tratamento.
Ainda sobre carboidratos, a cartilha aborda o mito de que “Cortar carboidratos ajuda no tratamento do câncer”. Até o momento, não existem estudos científicos de boa qualidade metodológica – conduzidos com humanos – que confirmem que “cortar carboidratos” ajuda a “matar o tumor”. Também não é verdade que se você comer carboidratos durante o tratamento, o resultado da quimioterapia estará prejudicado.
Proteínas
A proteína é o principal componente estrutural das células, desempenhando importantes funções no nosso organismo, como transporte de substâncias no sangue, síntese de hormônios e construção dos músculos. A ingestão de proteínas em quantidades adequadas, além de garantir a manutenção de diversas atividades do seu organismo, mantém os músculos saudáveis. Ter músculos saudáveis minimiza as chances de que o tratamento provoque efeitos colaterais indesejáveis. Além disso, ajudam a prevenir quedas e reduzir a fadiga que pode afetar pacientes em tratamento.
As proteínas devem, sim, ser mantidas na alimentação. Estas podem ser tanto de origem animal (como peixes, frango, carnes vermelhas, ovos, leite, queijos e iogurte natural) como vegetal (como feijões, grão de bico, lentilha, ervilha e castanhas).
Alimentos que “curam” o câncer
Não existem alimentos que, milagrosamente, curam o câncer. Por isso, se você ler ou ouvir que alimentos como cogumelo do sol, noni, graviola, chá de graviola ou chá verde curam o câncer, desconfie. A alimentação que auxilia no tratamento é a alimentação saudável. Esta é variada, composta por diferentes tipos de alimentos protetores, como frutas, legumes, verduras, feijões e outras leguminosas, cereais integrais, castanhas e outras oleaginosas. Quanto mais colorida for a sua alimentação, mais fortalecidas estarão as defesas do seu corpo e menores serão as chances de prejuízos no seu estado nutricional durante o tratamento.[/vc_column_text][vc_single_image image=”1275″ img_size=”large”][vc_column_text]
Como saber o que pessoas com câncer devem comer?
Antes de repassar qualquer informação – ou pior, de adotar hábitos alimentares restritivos – confira sempre de onde vem a notícia. Sites como o do INCA e do Ministério da Saúde trazem informações relevantes, com respaldo. Mas a fonte mais confiável é a profissional. Converse com seu médico e consulte o nutricionista. Quanto mais multidisciplinar for o tratamento, maior a possibilidade de cura e mais qualidade de vida você terá durante o tratamento.
Para saber quais alimentos devem ser incluídos na alimentação de pacientes com o diagnóstico, é fundamental o acompanhamento de um nutricionista especialista. O profissional é quem poderá avaliar o estado nutricional do paciente. Para isso, são considerados dados clínicos atuais e pregressos, a composição corporal, tipo de tratamento que está sendo realizados, restrições e preferências alimentares.
O nutricionista planeja a alimentação de cada paciente de forma individualizada. Ele monitora os efeitos do tratamento e a resposta clínico-nutricional e faz ajustes alimentares durante todo o processo de tratamento. Garantir uma alimentação adequada traz uma série de vantagens. Entre elas está a redução de efeitos adversos dos tratamentos de quimioterapia e radioterapia (por exemplo: alteração de peso, sintomas gastrointestinais, mucosite, baixa de imunidade, edema, náuseas). Também auxilia no preparo para procedimentos cirúrgicos (objetivando melhor cicatrização, menor tempo de internação). E, sem dúvidas reflete em melhora de qualidade de vida e do prazer ao se alimentar.
REFERÊNCIA
INCA (Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva); Ministério da Saúde. Dietas Restritivas e Alimentos Milagrosos Durante o Tratamento do Câncer: Fique fora dessa!. 2018.
Ministério da Saúde. INCA lança cartilha sobre dietas restritivas para pacientes oncológicos. Janeiro, 2019.
INCA (Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva). Mitos e Verdades: Alimentação. Outubro, 2018.
Revista Saúde. Alimentação é fundamental para a prevenção e o tratamento do câncer. Fevereiro, 2019.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]