Horário de atendimento: de Segunda a Sexta, das 8:00 às 18:30

Os 7 fatores de risco para o câncer

Fatores de risco para câncer - álcool
COMPARTILHAR POSTAGEM
COMPARTILHAR POSTAGEM
ENVIAR POR E-MAIL

[vc_row][vc_column][vc_column_text]Conhecer os fatores de risco para o câncer reduz as chances de que a pessoa desenvolva a doença. Cerca de um terço dos casos poderiam ser evitado apenas controlando tais condições determinantes para o surgimento de tumores malignos. Por isso, apresentamos aqui os 7 principais fatores de risco. São eles:

  • Tabagismo;
  • Alimentação não saudável;
  • Ingestão de bebidas alcoólicas;
  • Radiação solar;
  • Agentes infecciosos;
  • Fatores ocupacionais;
  • Sedentarismo.

Confira a seguir de que maneira cada um deles interfere no desenvolvimento do câncer:[/vc_column_text][vc_empty_space height=”18px”][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]

Tabagismo

O tabagismo é reconhecido como uma doença crônica causada pela dependência à nicotina presente nos produtos à base de tabaco. Esses produtos contêm nicotina, causam dependência e aumentam o risco de contrair doenças crônicas não transmissíveis, entre elas o câncer. A forma mais comum de usar o tabaco é através do cigarro. Outros produtos são charuto, cachimbo, rapé, narguilé e, mais recentemente, o cigarro eletrônico. De acordo com a estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), 4,9 milhões de pessoas (mais de 10 mil por dia) morrem todos os anos em decorrência do cigarro. O cigarro contém cerca de 4.720 substâncias tóxicas, das quais pelo menos 70 são cancerígenas.

O tabaco fumado em qualquer uma de suas formas causa até 90% de todos os cânceres de pulmão. O tabagismo também está associado ao desenvolvimento dos seguintes cânceres: leucemia mieloide aguda; câncer de bexiga; câncer de pâncreas; câncer de fígado; câncer do colo do útero; câncer de esôfago; câncer nos rins; câncer de laringe (cordas vocais); câncer de pulmão; câncer na cavidade oral (boca); câncer de faringe (pescoço); câncer de estômago.

Como diminuir o risco de câncer provocado pelo tabagismo

Deixar de fumar é fundamental para minimizar os males provocados pelo tabaco, tanto para quem fuma como para quem convive com fumantes. Não é fácil, sabemos, pois a nicotina, um dos componentes do tabaco, causa dependência. Para conseguir, o primeiro e fundamental passo é realmente querer. A decisão precisa vir do próprio fumante, pois parar de fumar requer disciplina e planejamento.

Nos primeiros dias sem fumar, o corpo começa a se adaptar ao funcionamento normal na ausência da nicotina. Talvez seja necessário um tempo para que o organismo se acostume ao novo estilo de vida. Por isso, ele pode apresentar alguns sintomas – conhecidos como “síndrome da abstinência”. Os mais comuns são dores de cabeça, formigamento das mãos e dos pés, tosse, ansiedade e, principalmente, uma vontade intensa de fumar ou “fissura”. Para amenizar esses sintomas, algumas dicas podem ajudar: beber água gelada, mastigar canela em pau, cravo, cristais de gengibre, barra de cereais ou chiclete sem açúcar. Praticar atividade física e receber apoio de familiares e amigos também são importantes ferramentas para conseguir eliminar o vício.[/vc_column_text][vc_single_image image=”1336″ img_size=”large”][vc_empty_space height=”18px”][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]

Alimentação não saudável

Uma das principais formas de evitar o câncer é ter uma alimentação saudável, praticar atividades físicas e manter o peso corporal adequado. Alimentos ultraprocessados, como carnes processadas, defumadas, curadas ou salgadas (carne de sol, charque e peixes salgados), os embutidos, como salsicha, linguiça, mortadela e salame, devem ser evitados. Frituras, molhos gordurosos como maionese, refrigerantes e bebidas açucaradas também são prejudiciais e podem aumentar o risco de doenças. Muitos alimentos são associados ao processo de desenvolvimento de câncer, principalmente na mama, cólon (intestino grosso), reto, próstata, esôfago e estômago.

Como diminuir o risco de câncer provocado pela má alimentação

Uma alimentação saudável inclui a ingestão rica em alimentos de origem vegetal como frutas, legumes, verduras, cereais integrais, feijões e outras leguminosas. De modo geral, são indicadas cinco porções diárias de frutas, verduras e legumes por dia. Grãos e cereais integrais diminuem o tempo de permanência de substâncias cancerígenas no organismo. Frutas e hortaliças são ricas em fibras e substâncias antioxidantes, consideradas de proteção contra o risco da maioria dos tipos de câncer.

O tipo de refeição, a frequência em que é ingerida e o modo de preparo podem aumentar o risco da doença. Os alimentos cozidos ou assados devem ser priorizados. O consumo de água também é importante, uma vez que a água facilita a absorção dos alimentos e diminui os riscos de infecções, pois desintoxica o organismo e contribui para fortalecer nossas defesas. Para saber mais a respeito da alimentação como forma de prevenção do câncer, confira o texto Alimentação de Pacientes com Câncer, publicado aqui no Blog.[/vc_column_text][vc_single_image image=”1339″ img_size=”large”][vc_empty_space height=”18px”][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]

Bebidas alcoólicas

A ingestão de bebidas alcoólicas favorece o desenvolvimento de diversos tipos de câncer. Entre os tipos de tumores mais comuns provocados pelo álcool estão: boca, faringe, laringe, esôfago, estômago, fígado, intestino (cólon e reto) e mama. A combinação bebida alcoólica e tabagismo potencializa os efeitos, aumentando o risco de crescimento de células cancerígenas.

Segundo estudos, o etanol tem o efeito cancerígeno sobre as células. Quando este chega ao intestino, pode funcionar como solvente, facilitando a entrada de outras substâncias carcinogênicas para dentro da célula.

Como diminuir o risco de câncer provocado pela ingestão de bebidas alcoólicas

A ingestão de bebidas alcoólicas em qualquer quantidade e forma de apresentação pode levar ao câncer. Existe uma evidente relação entre o consumo de bebidas alcoólicas e o risco de câncer. Ou seja, quanto maior a dose ingerida e o tempo de consumo, maior será o risco de desenvolver diferentes tipos de câncer.  Reduzir a frequência do consumo pode diminuir as chances de desenvolver a doença, mas a escolha mais saudável é não beber ou evitar ao máximo.[/vc_column_text][vc_single_image image=”1338″ img_size=”large”][vc_empty_space height=”18px”][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]

Radiação solar

A exposição solar excessiva é o principal fator de risco para o câncer de pele. No Brasil, o câncer de pele não melanoma é o mais frequente e equivale a cerca de 32% dos tumores diagnosticados em todas as regiões do país. Resumidamente, exposição aos raios ultravioleta em horários de alta radiação é apontada como a principal causa do surgimento da doença. Os raios ultravioleta tipo B (UVB), que provocam queimaduras, tumores e lesões que envelhecem a pele, deveriam ser barrados pela camada de ozônio. Porém, sua destruição vem agravando ainda mais a situação.

Vale ressaltar que o excesso de exposição solar na infância e adolescência está associado ao câncer de pele em adultos. Pesquisas indicam que a infância é uma fase particularmente vulnerável aos efeitos nocivos do sol. Por essa razão, a exposição cumulativa e excessiva durante os primeiros 10 a 20 anos de vida aumenta muito o risco de câncer de pele na fase adulta ou velhice.

Como diminuir o risco de câncer provocado pela radiação solar

A exposição ao sol é benéfica para a absorção de vitamina D. Contudo deve sempre ser feita fora dos horários de maior intensidade do sol, que são entre 10h e 16h. É igualmente importante, quando se expuser ao sol, utilizar acessórios como bonés, chapéus, guarda-sol e óculos escuros, além de protetor solar.[/vc_column_text][vc_single_image image=”1334″ img_size=”large”][vc_empty_space height=”18px”][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]

Agentes infecciosos

Alguns tipos de câncer são causados por agentes infecciosos como vírus ou bactérias. Veja quais são os agentes mais comuns e onde provocam o surgimento de tumores:

  • Papiloma Vírus Humano (HPV): responsável principalmente pelo câncer do colo do útero, mas também na vagina, vulva, ânus, pênis, orofaringe e boca. Transmitido por contato direto com a pele ou mucosa infectada, principalmente através de relações sexuais (com ou sem penetração);
  • Helicobacter pylori (H. pylori): bactéria adquirida pelo consumo de alimentos contaminados. Pode infectar cronicamente o estômago e contribuir para o aparecimento do câncer nesse órgão.
  • Vírus de hepatite B e hepatite C: estão associados ao câncer de fígado. São vírus transmitidos por relação sexual (menos comum para o tipo C), por sangue contaminado, por meio de transfusão, compartilhamento de seringas, agulhas e outros materiais contaminados e também de mãe para filho.
  • Vírus linfotrópico da célula T humana (HTLV): causa um tipo de leucemia e de linfoma. É transmitido por via sexual, via sanguínea e de mãe para filho (pela placenta e amamentação). Ele causa doença em pequena proporção das pessoas contaminadas.
  • Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV): reduz as defesas do organismo, aumentando o risco de alguns tipos de câncer, como sarcoma de Kaposi, alguns tipos de linfomas, câncer do colo do útero, dentre outros
  • Herpes Vírus Humano (HHV-8): associado ao sarcoma de Kaposi (KSHV). Pode ser transmitido através da via sexual, sangue ou saliva contaminados.
  • Vírus Epstein-Barr (EBV): transmitido principalmente através da saliva. Está associado a um conjunto de cânceres de origem linfoide (linfomas de Burkitt, Hodgkin e de células T/NK, assim como linfoproliferações no paciente imunossuprimido ou submetido a transplante) e epitelial (carcinoma de nasofaringe e câncer gástrico).

Como diminuir o risco de câncer provocado por agentes infecciosos

Antes de mais nada, o uso do preservativo é um método muito eficaz para prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Tendo em vista que os vírus da hepatite B e C, relacionados ao câncer do fígado, e o do HPV, ao câncer de colo do útero, são transmitidos através do contato íntimo, a camisinha deve estar sempre presente nas relações sexuais. Da mesma forma, a vacinação pode prevenir doenças como HPV e hepatites. Além disso, a realização de exames periódicos, como o Papanicolau, também ajuda a reduzir ou identificar previamente possíveis lesões.[/vc_column_text][vc_single_image image=”1333″ img_size=”large”][vc_empty_space height=”18px”][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]

Fatores ocupacionais

O ambiente de trabalho é um meio onde ocorrem as maiores concentrações de agentes cancerígenos, quando comparado a outros ambientes. O câncer ocupacional surge da exposição por muitos anos a estes agentes carcinogênicos presentes no ambiente de trabalho. Ainda que seja interrompida a exposição, os tumores relacionados ao ambiente ocupacional representam de 2% a 4% dos casos de câncer diagnosticados.

A localização do câncer ocupacional está associada ao local do corpo humano em que a substância entra em contato durante o processo do trabalho. São diversos os agentes cancerígenos em ambientes de trabalho. Entre eles, os que guardam maior relevância para os casos de câncer ocupacional no Brasil são: tabagismo passivo, agrotóxicos (pesticidas, defensivos agrícolas etc.), amianto, sílica, radiação ionizante, radiação solar e benzeno.

Como diminuir o risco de câncer provocado por fatores ocupacionais

Sabe-se que, frequentemente, a grande maioria das exposições em ambientes de trabalho a esses agentes cancerígenos pode ser modificada ou eliminada. A utilização de equipamentos de proteção individual (EPI) é de fundamental importância para evitar o contato do agente cancerígeno com o organismo do trabalhador. Entre estes equipamentos, estão: máscara, luva, avental de chumbo, óculos, entre outros. Do mesmo modo, a instalação de filtros industriais para impedir a liberação de substâncias cancerígenas resultantes de processos industriais, a implementação de sistemas de circulação de ar que evitem a contaminação entre ambientes e a restrição ao uso desses agentes, com adoção de níveis mínimos de exposição, também são medidas eficazes para prevenção do desenvolvimento da doença entre trabalhadores.[/vc_column_text][vc_single_image image=”1337″ img_size=”large”][vc_empty_space height=”18px”][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]

Sedentarismo

Já falamos sobre a importância de se manter o peso corporal adequado para diminuir o risco de câncer. Pois, além de provocar o aumento de peso, o sedentarismo eleva o risco de desenvolver doenças crônicas como o câncer e deixa o indivíduo menos disposto para realizar as atividades do dia a dia. Hábitos como assistir à televisão por longos períodos, usar por muito tempo celular, tablet e computador ou jogar videogame, devem ser limitados.

Como diminuir o risco de câncer provocado pelo sedentarismo

A resposta é: atividade física. A atividade física promove o equilíbrio dos níveis de hormônios, reduz o tempo de trânsito gastrointestinal, fortalece as defesas do corpo e ajuda a manter o peso corporal adequado. Com isso, contribui para prevenir o câncer de intestino, endométrio (útero) e mama (pós-menopausa).

Não é necessário matricular-se em uma academia para praticar atividade física – embora esta também seja uma opção válida. Você pode, por exemplo, trocar as horas na frente da televisão por atividades como: levar o cachorro para passear, caminhar pelo bairro, cuidar do quintal e jardim, brincar com seus filhos e netos. Bem como adotar a bicicleta como meio de transporte, descer alguns pontos antes ou depois e trocar o elevador pelas escadas são algumas escolhas saudáveis. Para mais sugestões para incorporar ao dia a dia práticas esportivas e atividades que movimentam o corpo, confira o texto Atividade Física e o Câncer, também publicado aqui no Blog.[/vc_column_text][vc_single_image image=”1335″ img_size=”large”][vc_empty_space height=”18px”][/vc_column][/vc_row]

 

[vc_row][vc_column][vc_column_text]Existem fatores hereditários que podem provocar o surgimento de células cancerígenas. Entretanto, são raros os casos de cânceres que se devem exclusivamente a fatores hereditários, familiares e étnicos. Mesmo nestes casos, a adoção de hábitos saudáveis e medidas de prevenção são validas. Por isso, fique atento. Afinal, como fala o ditado popular: “prevenir é [sempre] melhor do que remediar”.

 

REFERÊNCIA

INCA (Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva). Prevenção e fatores de risco. Dezembro, 2018.
Fundação do Câncer. Fatores de risco e prevenção.
Ministério da Saúde; INCA (Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva).
O câncer e seus fatores de risco: o que a educação pode evitar? Rio de Janeiro: janeiro, 2013.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *