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Uso de Aspirina na Prevenção e Tratamento do Câncer de Intestino

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Diversas linhas de pesquisa e novas medicações são desenvolvidas  em uma enorme velocidade, na tentativa de prevenção e cura do Câncer. Com o passar dos anos, novas técnicas levaram a criação de quimioterapias eficazes, por vezes extremamente caras, que trouxeram benefícios importantes na redução do risco de recidiva e prolongamento da sobrevida em pacientes com doença avançada. Recentemente, alguns estudos mostram que a Aspirina parece ter um papel também importante neste cenário. Mas será possível, que esse pequeno comprimido, criado há mais de 100 anos, hoje em dia extremamente barato, poderia mesmo combater esta doença tão grave?

O câncer de intestino está entre as neoplasias mais comuns, sendo a segunda causa de morte por câncer em alguns países. Vários estudos levantam a hipótese de que o uso regular de aspirina pode reduzir a incidência, recorrência, desenvolvimento de metástases e até a própria mortalidade relacionada ao câncer. Revisão recente, publicada no Orxord Journals, fez uma análise da literatura disponível até o momento e concluiu que existem diversos estudos observacionais e também randomizados que comprovam que SIM!  Segundo os autores, existe a redução do risco de Câncer, entretanto existe um período tempo – geralmente diversos anos – entre o uso da medicação e o início do seu efeito. Além disso, devido as variações interpessoais que podem ocorrer no metabolismo da aspirina,  ainda não se justifica o seu uso. Há dúvidas em relação a dose ideal e também a população alvo – existe uma possibilidade de indicação nas pessoas em geral –  porém a tendência é usar naqueles aonde o risco de desenvolver câncer seja maior.  Maiores estudos estão sendo realizados, para sabermos estas repostas.

Recentemente, também em agosto 2016, outro estudo publicado no Clinical Colo Rectal Cancer.com fez uma análise retrospectiva do impacto de adicionar aspirina em pacientes com câncer colo-retal politrados (que já fizeram vários tipos de quimioterapia e estão provavelmente na fase mais avançada de sua doença). Os mesmos estavam usando aspirina por outros motivos e quando foram comparados aos que não usavam, apresentaram maiores taxas sobrevida-livre de doença, corroborando para hipótese de um efeito mais imediato da medicação e não só a longo prazo.

Enfim, as evidências estão cada vez mais fortes. Os guidelines renomados da oncologia ainda não indicam a aspirina na prescrição formal dos pacientes diagnosticados com câncer de intestino até o momento, mas vontade não falta de prescrever esse “comprimidinho”, que comprovadamente não só alivia aquela dorzinha de cabeça, mas há muitos anos também previne os chamados “derrames cerebrais” e infartos em pacientes de alto risco.

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