Horário de atendimento: de Segunda a Sexta, das 8:00 às 18:30

Desenvolvimento de vacina contra o Câncer de Ovário

COMPARTILHAR POSTAGEM
COMPARTILHAR POSTAGEM
ENVIAR POR E-MAIL

Uma vacina contra o câncer de ovário, derivada das células tumorais de um paciente, mostrou resultados promissores. O estudo clínico de fase 1 foi apresentado em março de 2018, no encontro anual da Sociedade de Ginecologia Oncológica, nos EUA. A fase 1 é a que abrange poucos pacientes.

A maioria das mulheres com câncer de ovário nos estágios 3 ou 4, que atingem resposta clínica completa com tratamento de primeira linha, apresentam recaídas dentro de 2 anos. Por resposta clínica completa, entenda-se tratamento que resulta no desaparecimento do tumor e metástases. A ideia da vacina é aumentar o tempo de vida das pacientes que já tenham o diagnóstico de câncer.

Como funciona a vacina

Vigil® é uma vacina geneticamente modificada produzida a partir de células tumorais adquiridas de cada paciente em tratamento. Esta vacina engloba todo o complemento de antígenos presentes nas células cancerosas de um paciente. Para isso, é usado tecido tumoral, removido cirurgicamente, que estimula a ativação da células T do paciente (células de defesa do organismo).

Com a modificação do gene, uma via imunossupressora das células cancerosas é regulada negativamente. Enquanto isso, a função de estimulação imunológica dessas mesmas células é regulada positivamente. Quando as células são reintroduzidas de volta ao paciente, as modificações são projetadas para ajudar a ativar o sistema imunológico. Este vai detectar e matar células cancerígenas que possam permanecer localmente e em circulação. Ao todo, o objetivo é estimular os componentes existentes do sistema imunológico com a intenção de melhorar as respostas antitumorais.

O tratamento personalizado com imunoterapia Vigil® mostrou excelente tolerabilidade. Os efeitos colaterais em pacientes com câncer de ovário foram limitados. A terapia é única porque tem como alvo as células cancerosas específicas do paciente. Muitos estudos em fase 1 são promissores, mas depois, quando os medicamentos são estudados em estudos randomizados, o benefício não se confirma. Por isso, é necessário que se confirmem os dados para que o tratamento seja empregado e difundido mundialmente. De qualquer maneira, é interessante como o avanço da tecnologia e desenvolvimento de novas armas no combate ao câncer ocorrem com uma velocidade incrível.

 

Esses dados foram publicados em um site excelente, de novidades oncológicas chamado Practice Update. Caso tenha interesse em ler a matéria completa acesse o link: practice update

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *